
Nada é tão fácil ou tão simples. Por telefone, nos falamos ontem, à noite, ela me contou que se orgulhou do discurso da Presidenta Dilma, na ONU. Aos quase 87 anos, apesar da pouca visão, mamãe é atenta feminista, e me incentiva, sempre.
Minha galeria de paz tem caráter de refúgio e abstração. Sei que parece isolamento, mas aprendi a construir minha identidade com a olhada no espelho do meu intenso olhar para mim mesma e o reflexo nas pessoas com quem convivi ou convivo.
Leitura, música, filmes, orações, escritas, tarefas rotineiras e descansos abusivos, complementam minhas horas que vagam entre meus sonhos, medos, crenças, decepções, conquistas e , em manhãs de ventania, uma certa revisão de expectativas.
Em paz, apesar das dúvidas, além das dívidas, das dores, prezo as flores, respeito os sensores que detectam perigos que tentem roubar minha paz, troféu que ganho, a duras penas, à custa de renúncias, desapegos, aprendizagem e aceitação múltipla das rasteiras e voltas que a vida nos dá.
Salve a galeria da minha paz!
Cida Torneros
Paz! Muita paz!
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