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quinta-feira, 6 de outubro de 2011
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
No dia dos Amantes...algumas reflexões...
Era quase meio dia e a taxista  jovem (cerca de 30 anos) veio me pegar. Eu tinha que ir à dentista, uma  jovem senhora que por acaso é minha prima e que me cuida há décadas... A  motorista foi puxando conversa, quando vi, ou melhor, quando ouvi, ela  estava me contando que tem um segundo marido e um filhinho do primeiro  casamento. 
De repente, me confidenciou que o segundo é bem melhor que o primeiro, mas como todos os homens, tem defeitos...ela emendou, e declarou...- "fomos amantes, primeiro, ele era casado e eu também...resolvemos nos separar dos nossos ex e estamos morando juntos há um ano"...
Pensei e falei: então, estão em lua de mel ainda! Ela riu, enquanto me conduzia por um trânsito pachorrento digno de uma quinta-feira nublada que devia anunciar a primavera...mas se mostrou friorenta e pálida.
A linda e falante condutora considerou que na fase de "amantes", tudo parecia melhor, que ela julgava o atual companheiro antes, se mostrou como um ser independente.
-E agora? perguntei...sua resposta veio direta, firme, contundente e conclusiva...- "Agora, ele virou meu filho...Cuido dele!"
Chegamos ao destino, paguei a corrida, desejei-lhe felicidades, fui para a minha consulta, porém ficou guardada em mim a sensação incômoda de que o Amor dos Amantes pode ser bem mais uma idealização do que uma realidade... deixei pra lá e segui meu dia...
Agora, quando a noite começa a cair, descubro que hoje se comemora o dia dos Amantes...ri, sozinha, por não ter percebido antes o que talvez aquela moça já soubesse, e não me contou sobre a data, o que poderia justificar sobre a necessidade de contar sua tragetória de intimidade afetiva, sua busca por um amor de homem que não virasse mais um bebê dependente, como ela descreveu.
Claro, estou a rememorar os amores de amantes apaixonados, célebres, históricos, na literatura, na música, no cinema. Tento enquadrá-los na vida comum da gente que é assim, simples, direta, resolvida, que sai por aí à espera de encontrar o tal "love" da imaginação cultural, do sonho cinematográfico, da realização além da imaginação.
Vou desfiando histórias minhas próprias, em que sempre identifiquei um ponto de mutação, aquele pontinho nefasto, exatamente o instante em que se olha para o outro ser e se consegue ver que ele não é exatamente como se espera ou se deseja ou se idealiza que seja...
Lembrei que nessas horas, nós , as mulheres, temos bastante jogo de cintura, e nos defendemos, ou, mentindo pra nós mesmas e tentando mais um tempo, num processo de "vamos ver se ele melhora", ou de "quem sabe, ele amadurece e muda".
Identifiquei situações onde eles se fragilizam e se curvam, edipianamente, a uma condição fatal de meninos grandes buscando o colo das mães com quem podem dormir e dividir a cama, sem censura. Pensei que esse acordo tácito ou implícito é o mote constante de milhões de casais do mundo, que convivem ou conviveram driblando suas relações nos seus nevrálgicos altos e baixos, superando crises, num bate e volta, casa-separa, briga e reconcilia, que a muitos, faz bem, a outros, desgasta, e aos que refletem demais, se arriscam a "melar" a relação...
Quando se pensa demais em coisas tão sentimentais, é como temperar com sal e pimenta o que deveria ter sabor doce e delicado.
Quando se ama, deve-se sentir, sentir e sentir... sei que isso não é uma lei, mas deveria...a cada reflexão racionalista e cartesiana, o amor balança nas considerações materialistas, o amor se espreme nas alucinadas instâncias do poder, o amor se perde nos conceitos de estatus social ou de nível de escolaridade, e os amantes se tornam pensantes.
Os grandes e melhores amantes podem parecer aqueles que transgridem, os que enlouquecem, os que põem a lucidez de lado e se jogam de corpos e almas no sentimento apaixonado e irrefreável.
Os amantes eternos morrem de vez em quando. Mas também renascem nos sonhos de muitos outros novos amantes.
Os felizes amantes não se importam com estigmas de se parecerem "filhos", bebês, de se chamarem por apelidos escolhidos na doidice que lhes permite sair do dia-a-dia e brincar de amar.
Apenas, refleti um pouquinho sobre o tal dia dos amantes, que pode ser o dia de pessoas que conservam o dom de oferecer o coração a quem lhes dá em troca, tanto faz, pode ser o coração também, além do corpo...ora, se pode!
Cida Torneros
De repente, me confidenciou que o segundo é bem melhor que o primeiro, mas como todos os homens, tem defeitos...ela emendou, e declarou...- "fomos amantes, primeiro, ele era casado e eu também...resolvemos nos separar dos nossos ex e estamos morando juntos há um ano"...
Pensei e falei: então, estão em lua de mel ainda! Ela riu, enquanto me conduzia por um trânsito pachorrento digno de uma quinta-feira nublada que devia anunciar a primavera...mas se mostrou friorenta e pálida.
A linda e falante condutora considerou que na fase de "amantes", tudo parecia melhor, que ela julgava o atual companheiro antes, se mostrou como um ser independente.
-E agora? perguntei...sua resposta veio direta, firme, contundente e conclusiva...- "Agora, ele virou meu filho...Cuido dele!"
Chegamos ao destino, paguei a corrida, desejei-lhe felicidades, fui para a minha consulta, porém ficou guardada em mim a sensação incômoda de que o Amor dos Amantes pode ser bem mais uma idealização do que uma realidade... deixei pra lá e segui meu dia...
Agora, quando a noite começa a cair, descubro que hoje se comemora o dia dos Amantes...ri, sozinha, por não ter percebido antes o que talvez aquela moça já soubesse, e não me contou sobre a data, o que poderia justificar sobre a necessidade de contar sua tragetória de intimidade afetiva, sua busca por um amor de homem que não virasse mais um bebê dependente, como ela descreveu.
Claro, estou a rememorar os amores de amantes apaixonados, célebres, históricos, na literatura, na música, no cinema. Tento enquadrá-los na vida comum da gente que é assim, simples, direta, resolvida, que sai por aí à espera de encontrar o tal "love" da imaginação cultural, do sonho cinematográfico, da realização além da imaginação.
Vou desfiando histórias minhas próprias, em que sempre identifiquei um ponto de mutação, aquele pontinho nefasto, exatamente o instante em que se olha para o outro ser e se consegue ver que ele não é exatamente como se espera ou se deseja ou se idealiza que seja...
Lembrei que nessas horas, nós , as mulheres, temos bastante jogo de cintura, e nos defendemos, ou, mentindo pra nós mesmas e tentando mais um tempo, num processo de "vamos ver se ele melhora", ou de "quem sabe, ele amadurece e muda".
Identifiquei situações onde eles se fragilizam e se curvam, edipianamente, a uma condição fatal de meninos grandes buscando o colo das mães com quem podem dormir e dividir a cama, sem censura. Pensei que esse acordo tácito ou implícito é o mote constante de milhões de casais do mundo, que convivem ou conviveram driblando suas relações nos seus nevrálgicos altos e baixos, superando crises, num bate e volta, casa-separa, briga e reconcilia, que a muitos, faz bem, a outros, desgasta, e aos que refletem demais, se arriscam a "melar" a relação...
Quando se pensa demais em coisas tão sentimentais, é como temperar com sal e pimenta o que deveria ter sabor doce e delicado.
Quando se ama, deve-se sentir, sentir e sentir... sei que isso não é uma lei, mas deveria...a cada reflexão racionalista e cartesiana, o amor balança nas considerações materialistas, o amor se espreme nas alucinadas instâncias do poder, o amor se perde nos conceitos de estatus social ou de nível de escolaridade, e os amantes se tornam pensantes.
Os grandes e melhores amantes podem parecer aqueles que transgridem, os que enlouquecem, os que põem a lucidez de lado e se jogam de corpos e almas no sentimento apaixonado e irrefreável.
Os amantes eternos morrem de vez em quando. Mas também renascem nos sonhos de muitos outros novos amantes.
Os felizes amantes não se importam com estigmas de se parecerem "filhos", bebês, de se chamarem por apelidos escolhidos na doidice que lhes permite sair do dia-a-dia e brincar de amar.
Apenas, refleti um pouquinho sobre o tal dia dos amantes, que pode ser o dia de pessoas que conservam o dom de oferecer o coração a quem lhes dá em troca, tanto faz, pode ser o coração também, além do corpo...ora, se pode!
Cida Torneros
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Veneza nos espera...em 2012 (escrevi em maio, Enzo, bem antes de te conocere e de tu invitacion!)
Há  séculos, Veneza sobrevive, com símbolos que remetem a amores  eternos e  passionais como o de Romeu e Julieta. Através das suas  histórias de  carnavais mascarados, de intenso mercantilismo e trocas de   produtos medievais, deixando-se levar pelo vagaroso traçado  de gôndolas  por entre seus canais, Veneza ultrapassa  festivais de  cinema,  reorganiza mentalidades, cristaliza sonhos de paixões  avassaladoras,  cenas de lua de mel, magias de casais que a ela recorrem  com esperanças  de momentos inesquecíveis.
Considerada a cidade mais romântica    do mundo, é cenário de turismo  afetivamente compartilhado por  pessoas  de todos os lugares do  planeta, que sonham pelo menos ir a Veneza, um  dia durante toda a vida.
 Ela nos espera, pacientemente,  afundada, dizem os experts, em  problemas ambientais graves, mas com   seus ares de soberba  inconsequencia para estudiosos do seu planejamento  urbano inconcebível  para os  séculos  XX e XXI.
Mesmo assim,  Veneza não perdeu o glamour. Com certeza, eu a  incluirei numa próxima  viagem a Europa, esperando  encontrar alguém  especial que a valorize como eu. Um mago da   idade  Média estará,por  essas  horas a movimentar seus pendores  extra-sensoriais e decerto  premedita os instantes em que a Veneza  lendária se livrará do estigma  de ter sobrevivido sem nós, por tantos  séculos.
A  cidade viverá  então um renascer de  possibilidades, já que abriga  saudosas lembranças, e há, no  seu  entorno, a mescla possível quando  se mistura realidade e fantasia,   nossa presença encherá de alegria a  tal Veneza que parece triste.
Assim  foi cantada tantas vezes, por Charles Aznavour, quando alguém  volta a  ela, solitário e nostálgico. “Venezia sin ti ” é o titulo da  famosa  canção em espanhol, apontando para o fato de que estar naquela  cidade  italiana recordando alguém, deve ser mesmo uma tortura  emocional, uma  prova de fogo ou a suprema sensação do  abandono.
Chegar a Veneza como a personagem Rosalba, do filme  Pão e Tulipas,  fugindo da vida cansativa de dona de casa  incompreendida  pela família,  e  extasiar-se com a manhã na Praça s. Marco, traduz  o   encantamento  que a cidade  tão antiga e tão misteriosa nos oferece.
Entretanto, a  Veneza inconfundível pela alegria do seu carnaval que,  a nu, é mesmo  tão vestido quanto se oculta em castelos de velas  mágicas, e age,  no  amor, sob o feitiço de máscaras de renda e plumas,  com tantas  inquietações,  esta é infestada de expectativas.
Suas construções nos indagam, posso ouvir : – como Veneza sobrevive ainda, sem eu e sem ti?
 Logo  estaremos juntos, ali, para proclamar a emoção dos que  transformam  sonhos em realidade, assim como eu e como tu, cavaleiro  solitário que  me fará a corte, cópia fiel  dos velhos tempos. Eu e  tu,  em Veneza, finalmente, juntos.
Cida Torneros
Cida Torneros
domingo, 2 de outubro de 2011
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