Dilma Roussef, Marina Silva, Marisa Leticia e Monica Serra, mulheres e numeros
Nos as acompanhamos nesses ultimos meses, atraves das aparicoes em televisao, jornais , revistas, mencoes em noticiarios, radios, vozes e discursos, acenos e sorrisos, ou mesmo ausencia de vozes ou discursos, como foi o caso de Marisa Leticia e Monica Serra. O que dizem essas duas senhoras, primeiras damas? Se nao dizem explicitamente, representam subliminarmente os milhoes de mulheres esposas, aquelas tradicionais referendadas como as companheiras dos homens que se pretendem fortes, vitoriosos, realizados, apoiados em seus lares e familias. Quanto a Dilma e Marina, suas palavras calaram fundo nos coracoes de brasileiras e brasileiros, somando mais de 65 milhoes de votos, afinal.
Os maridos de Marisa Leticia e Monica Serra, o presidente Lula da Silva e o candidato Jose Serra, continuam detentores de expressivo poder de voto, embora o lugar de cabo eleitoral atribuido ao presidente Lula assuma lugar de destaque na historia recente das eleicoes no Brasil, e o aspirante Jose Serra, agora novamente candidato no segundo turno de 31 de outubro, permaneca carreando votos oriundos dos pares tucanos e dos simpatizantes para as propostas do seu partido e dos seus coligados.
Mulheres que falam e mulheres que calam. Mulheres que nao se furtam a se expor aos olhos dos 136 milhoes de potenciais eleitores, apesar dos mais de 20 milhoes de abstencoes, e mulheres que falam em casa, em familia, entre amigos, aquelas que exercem papel tambem representativo na vida do dia a dia da populacao brasileira onde a maioria das mulheres ainda coordena ou comanda sua casa, lugar onde marido e filhos necessitam da protecao e do sorriso de aprovacao aos seus anseios e atos, assim como precisam da sua postura conselheira ou do seu arsenal de observacoes atentas, imagens que, em fotos ou filmes, alcancam o inconsciente coletivo, aquele mesmo onde as figuras maternais sao de uma forca historica perfeita.
Dilma fala e discursa, defende sua vitoria de 46 milhoes de votos e sua segunda chance de disputar a eleicao presidencial que pode levar uma mulher pela primeira vez ao exercicio do mais alto cargo executivo no pais. Marina fala e emerge como uma lideranca feminina legitima desde o seringal sintonizada com as propostas mais avancadas no que tange ao mundo ambientalista consciente.
Suas idades, geracoes aproximadas, historias diferenciadas, experiencias de vida que as elevam a patamares de criaturas escolhidas pelo destino. Vejamos, Dilma uma jovem que se engajou na luta pela restauracao da democracia do Brasil, Marina, uma quase menina que se conscientizou da necessidade de sair da mata amazonica e ganhar a vida urbana para denunciar sua lutas, Marisa, uma jovem viuva que conheceu um tambem jovem viuvo sindicalista do ABC e com ele passou a construir uma historia de amor e politica, Monica, uma jovem chilena que nao exitou em adotar a nacionalidade brasileira quando conheceu o futuro marido quando este vivia o exilio para um regime ditatorial.
Se fosse possivel coloca-las num debate informal, certamente, Dilma, Marina, Marisa e Monica, teriam muito a contribuir para a maturidade democratica nacional, entre falas e silencios, diriam tudo ou quase tudo que nos toca a consciencia neste momento em que o Brasil caminha para dar exemplo ao mundo da importancia que as mulheres assumiram em nossa historia recente. Os numeros comprovam que as mulheres ascendem, crescentemente, a postos de poder e comando, emergindo sua experiencia de donas de casa, universitarias, professoras, jornalistas, militantes, candidatas, vereadoras, deputadas, governadoras, escritoras, costureiras, cozinheiras, m'aes, avos, esposas, namoradas, companheiras, pro ativas, incentivadoras, chefes de familia, injusticadas ou vencedoras, mas, mais que tudo, grandes exemplos de capacitadas no exercicio da superacao e da esperanca.
Palmas para as mulheres brasileiras, mais uma vez!
Cida Torneros
Carissima!
ResponderExcluirMuito interessante o seu post.
Gostei.
Parabéns!