sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
sábado, 10 de dezembro de 2011
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Amor: guerra ou jogo? Seriam as mulheres grandes perdedoras ou ardilosas vencedoras?
Amor: guerra ou jogo? Seriam as mulheres grandes perdedoras ou ardilosas vencedoras?
Amor: guerra ou jogo? Seriam as mulheres grandes perdedoras ou ardilosas vencedoras?
Estávamos sentados no Caravelas. Almoçando.
A senhora escritora ( eu), os editores Tomaz e Bárbara, e o jovem poeta, Bruno Graciano, que acabava de lançar na semana anterior, na Bienal de Minas Gerais, seu primeiro livro. Na sua camiseta uma palavra cintilante: sucesso! pensei... o mesmo sucesso que um jogador busca no jogo da vida, o sonho do vencedor, ou seria a vitória do guerreiro?
Durante a conversa, entremeada de brincadeiras, falou-se sobre o meu novo livro, de contos, cujo título "O contra-ataque do amor", remete à idéia do quanto o tal sentimento humano, animal, Tao selvagem e tão natural pode se transformar, em nossa cultura, num intrincado jogo ou numa guerra incessante que vai oferecendo combates ou esfacelando vítimas abatidas, o papo foi se diluindo em reticências... cada um tem suas próprias histórias de amor ou suas experiências que buscam redefinir sentimentos muitas vezes indecifráveis.
Falamos do papel da literatura, a tal vida que imita a arte e do quanto a vida pode ser muito mais surreal do que a imaginação dos escritores.
Lembrou-se dos contos bizarros, das desculpas de assassinos para fugirem da condenação, das mentiras de amantes traidores, das ilusões de quem acredita ou deseja ser amado como se fosse um ícone obsessivamente adorado, das doenças emocionais, das atitudes passionais, e no inconsciente coletivo, a tal premissa, do "matar ou morrer", salvar-se , em atitude de legítima defesa.
Os indefesos da paixão, quem seriam? os jogadores que já entram em campo para perder o jogo? aqueles que se sentem inferiores ao tentar alcançar objetivos ou os que desistem de tanto buscar parceiros pelo caminho e preferem viver de passado ou de saudades?
Era preciso pensar na capa do livro. Falei do meu amigo português, o Telmo Gabriel, que sugeriu uma cama onde houvesse um tabuleiro de xadrez e peças com cabeças femininas e masculinas a disputarem o xeque-mate.
A idéia é boa. Vamos desenvolver, em poucos dias, talvez dez, porque a Bienal em Sampa, acontece em agosto, e o lançamento do livro, acertamos ontem, será no dia 14, um sábado, no stand da Editora Usina das Letras.
Despedi-me do grupo, rumo a caminhos interiores que me envolvem em verdadeiros labirintos. Pus-me a pensar nas batalhas que já travei e ainda travo em nome do amor. Confesso que muitas vezes me sinto cansada. Mas luto, porque, segundo meus companheiros de juventude, aliás inesquecíveis idealistas de esquerda, "a luta continua".
E, por uma questão de literatura, de escrita, de viver a vida, cá estou, nesta manhã de um sábado outonal, sentindo na pele e na alma, um imenso desejo de amar com maturidade, se isso ainda for possível.
Ontem, antes do tal almoço, na minha visita semanal ao Arruda, meu terapeuta, refletimos sobre o papel dos homens imaturos na passagem pela vida de mulheres que, como eu, vão amadurecendo, vão se desiludindo, vão asssentando mais os pés no chão, vão, para desencanto dos poetas, endurecendo, emburrecendo, esquecendo os sonhos, vão desviando do coração e do corpo, sentidos antes tão fortes. Mas como diria Che : "hay que endurecer, pero sin perder la ternura, jamás".
Lembrei das tais "tias" solteironas, pensei nas "viúvas" eternas, questionei as "solitárias" convictas, duvidei das "abandonadas" melancólicas , estranhei as "ditadoras" sádicas, interroguei as "poderosas" comandantes, penalizei-me das " enganadas" sabedoras, arrepiei-me pelas "assassinadas" indefesas, estremeci com as "injustiçadas" apedrejadas..."sofri" pelas mulheres "perdedoras" na guerra ou no jogo do amor...
Mas, num momento de lucidez necessária, vibrei com e pelas mulheres que contra-atacam. As que dão a volta, aquelas que amadurecem e vencem as partidas. As que não se deixam partir interiormente, que vão rejuntando cacos. Que sabem colar pedacinhos com a goma da esperança. São as que movem o mundo, criam filhos, sobrevivem, ainda se enfeitam, dançam, fazem comidas gostosas, deixam brilhar os olhinhos olhando a lua no céu, sentem as batidas fortes dos seus corações fatigados, mas permanecem na fé.
A fé é tudo, no jogo, na guerra, na vida, é tão feminina, a tal fé. Faz crer em dias melhores, em noites mágicas, em paixões possíveis, em amores premiados, em pessoas que virão aos nossos braços, que nos darão um ombro pra acalmar nossos medos e um colo para apaziguar nossos anseios.
Aí, recordei mulheres tão ardilosas que sabem vencer no jogo da vida, porque aprenderam a crer em si mesmas, aceitaram seu papel no mundo, fingem ser manipuladas, praparam inteligentes estratégias, levantam, sacodem a poeira e dão a volta por cima. Na próxima esquina, quem sabe lhes aguarda um troféu ou um pódium?
Talvez nem vençam a corrida, ou nem consigam o título maior, mas terão, sem dúvida, para sempre, o gosto honrado de terem sido bravas jogadoras e corajosas guerreiras. O segredo deve estar no seu talento em contra-atacar, mas eu não tenho certeza disso, e quem garante que venha a ter?
Maria Cida Torneros.
Coco Chanel
Chanel, quem não sonhou com ela, nos últimos 80 anos, em sã consciência, sendo mulher e habitando o Ocidente? Devo ter sido uma menina suburbana que a teve como referência distante e inatingível, enquanto a admirei de longe, acompanhei sua moda pelas revistas, notícias, ufanei com seus delirantes desfilhes e só fui usar uma gota de Chanel número 5, lá pelos meus 30 anos, quando ousei comprá-lo e submeter-me ao seu teor mágico.
Chanel, a lenda da moda, a dama do tailler, dos colares, dos sapatos semi abertos e bicolores, aquela das bolsas de matelassê, com alças em correntes, a mesma da feitiçaria francesa de mulheres magras, leves e deslizantes, ditando normas para atrizes, rainhas, primeiras damas, famosas que tinham acesso livre ao seu criativo dom de encantar.
Chanel, a menina pobre que se tornou estilista famosa. A doce mulher de negócios, uma experta cidadã antenada com a indústria da beleza e a sede capitalista do consumo de sonhos, ela mesma aparece agora em cinema, em mais de uma produção, assim como já apareceu em teatro, livros, seriados e ainda vai se superar em novas histórias que dela não cansarão nunca de falar.
Chanel, a mulher que revolucionou a mulher no século XX, trazendo-a para um lugar onde sua feminilidade flui diante de olhos amantes de pérolas, de paixões baseadas em imagens românticas e clássicas, apesar dos tempos modernos, um adocicado século antigo permanece no semblante de uma mulher que eterniza o amor em seu coração sedento de verdadeira paixão. Aí, nesse lugarzinho especial, se instala o estilo Chanel, entre um suspiro de prazer e um profundo respirar capaz de renovar a auto-estima feminina ou sua esperança diante da vida.
Cida Torneros
Madame Chanel teve uma longa carreira e manteve-se à frente da empresa entre 1910 e 1971, ano em que faleceu, transformado-se num ícone da França reconhecida mundialmente pelo seu papel, na evolução da moda no Séc. XX. Em 1921 a Chanel produziu o seu primeiro perfume, o famoso "Chanel Nº5", que foi um sucesso a nível de vendas, primeiro na alta sociedade francesa, e depois em todo o mundo.
Gabrielle Bonheur Chanel, (Saumur, 19 de agosto de 1883 - Paris, 10 de janeiro de 1971), mais conhecida como Coco Chanel, foi uma importante estilista francesa e uma mulher à frente do seu tempo. As suas criações até hoje ditam e influenciam a moda mundial. É a fundadora da empresa de vestuário Chanel S.A.
A família de Gabrielle era muito numerosa: tinha quatro irmãos (dois meninos e duas meninas). O pai, Albert Chanel, era caixeiro-viajante e a mãe, Jeanne Devolle, era doméstica. Depois da morte precoce da mãe, que faleceu de tuberculose, o pai de Chanel ficou com a responsabilidade de tomar conta das crianças. Devido à profissão de seu pai, Coco e as irmãs foram educadas num colégio interno, enquanto que os irmãos foram trabalhar numa quinta.
Em 1903, com vinte anos, Gabrielle saiu do colégio e tentou procurar emprego na área do comércio e da dança (como bailarina) e também fez tentativas no teatro, onde raramente teve grandes papéis devido à sua estatura.
Com vinte e cinco anos, Chanel conheceu um rico comerciante de tecidos, chamado Etienne Balsan, com quem passou a viver.
Por volta de 1910, na capital parisiense, Coco conheçeu o grande amor da sua vida: um milionário inglês Arthur Boyle. Boyle ajudou-a a abrir a sua primeira loja de chapéus. A loja Chanel iria tornar-se num sucesso e apareceria nas revistas de moda mais famosas de Paris. Com este relacionamento, Chanel aprendeu a frequentar o meio sofisticado da Cidade Luz.
Algum tempo depois, Boyle acabou a relação com Gabrielle para se casar com uma inglesa e meses mais tarde morreu num desastre de carro.
Com este desgosto, Chanel abriu a primeira casa de costura, comercializando também chapéus. Nessa mesma casa, começou a vender roupas desportivas para ir à praia e para montar a cavalo. Pioneira, também inventou as primeiras calças femininas.
No início dos anos 20, Chanel conheceu e apaixonou-se por um príncipe russo pobre, Dmitri Pavlovich, que tinha fugido com a sua família da Rússia, então União Soviética. A sua relação com Paulovitch a fez desenhar roupas com bordados do folclore russo e, para isso, contratou 20 bordadeiras. Neste período, Chanel conheceu muitos artistas importantes, tais como Pablo Picasso, Luchino Visconti e Greta Garbo.
Sua roupas vestiram as grandes atrizes de Hollywood, e seu estilo ditava moda em todo o mundo. Além de confecções próprias, desenvolveu perfumes com sua marca. Os seus tailleurs são referência até hoje.
Em 1921, criou o perfume que a iria converter numa grande celebridade por todo mundo, o nº5. O nome referia-se ao seu algarismo da sorte. Depois deste perfume, veio o nº17, mas este não teve o mesmo êxito que o nº5.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Chanel fechou a casa e envolveu-se romanticamente com um oficial alemão. Reabriu-a em 1954.
No final da guerra, os franceses conceituaram este romance mal e deixaram de frequentar a sua casa. Nesta década, Chanel teve portanto dificuldades financeiras. Para manter a casa aberta, Chanel começou a vender suas roupas para o outro lado do Atlântico, passando a residir na Suíça.
Devido à morte do ex-presidente norte-americano John Kennedy e à admiração da ex-primeira-dama Jackie Kennedy por Chanel, ela começou a aparecer nas revistas de moda com a criação dos seus tailleurs (casacos, fato e sapatos). Depois voltou a residir na França.
Faleceu no Hôtel Ritz Paris em 1971, onde viveu por anos. O seu funeral foi assistido por centenas de pessoas que levaram as suas roupas em sinal de homenagem.
Chanel, a lenda da moda, a dama do tailler, dos colares, dos sapatos semi abertos e bicolores, aquela das bolsas de matelassê, com alças em correntes, a mesma da feitiçaria francesa de mulheres magras, leves e deslizantes, ditando normas para atrizes, rainhas, primeiras damas, famosas que tinham acesso livre ao seu criativo dom de encantar.
Chanel, a menina pobre que se tornou estilista famosa. A doce mulher de negócios, uma experta cidadã antenada com a indústria da beleza e a sede capitalista do consumo de sonhos, ela mesma aparece agora em cinema, em mais de uma produção, assim como já apareceu em teatro, livros, seriados e ainda vai se superar em novas histórias que dela não cansarão nunca de falar.
Chanel, a mulher que revolucionou a mulher no século XX, trazendo-a para um lugar onde sua feminilidade flui diante de olhos amantes de pérolas, de paixões baseadas em imagens românticas e clássicas, apesar dos tempos modernos, um adocicado século antigo permanece no semblante de uma mulher que eterniza o amor em seu coração sedento de verdadeira paixão. Aí, nesse lugarzinho especial, se instala o estilo Chanel, entre um suspiro de prazer e um profundo respirar capaz de renovar a auto-estima feminina ou sua esperança diante da vida.
Cida Torneros
Madame Chanel teve uma longa carreira e manteve-se à frente da empresa entre 1910 e 1971, ano em que faleceu, transformado-se num ícone da França reconhecida mundialmente pelo seu papel, na evolução da moda no Séc. XX. Em 1921 a Chanel produziu o seu primeiro perfume, o famoso "Chanel Nº5", que foi um sucesso a nível de vendas, primeiro na alta sociedade francesa, e depois em todo o mundo.
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Continua a ser o perfume mais vendido da marca. Em 1924 a Chanel lança a sua primeira colecção de joalharia, que chamou a atenção dos media e catapultou a marca para padrões de qualidade e design de excelência, que revolucionaram todos os conceitos da arte de trabalhar os materiais preciosos. Em 1939 Coco decide retirar-se do mundo moda, embora nas suas boutiques, os perfumes e acessórios Chanel continuem a ser vendidos. Em 1954 volta ao activo, e o seu primeiro desfile foi aclamado em todo o mundo, como um regresso de uma verdadeira estrela, importante pelo peso do nome Chanel, e por ser um símbolo da cultura parisiense, que fez da capital francesa a capital do mundo da moda. Em 1983, Karl Lagerfeld assume o cargo de director artístico da Chanel Fashion, depois disso, tudo mudou. Lagerfeld chocou a indústria da moda com designs inovadores, e vestidos elegantes, mas mais sensuais e arrojados. A Chanel em 2007 lançou o seu novo perfume "Coco Mademoiselle", e para ser a cara da publicidade, escolheram a actriz Keira Knightley, conhecida por muitos e bons papéis de filmes de Hollywood. Mas a actriz destacou-se mais recentemente na sequela de filmes dos Piratas das Caraíbas da Disney...........................................................................
A música do anúncio é um original de lendário Nat King Cole, mas que é interpretada pela cantora inglesa Joss Stone. A canção foi feita especialmente para o anúncio, e embora não pertença ao novo álbum da artista, quem comprou o álbum "Introducing Joss Stone" de 2007, tem direito a fazer o download gratuito da faixa L-O-V-E em www.jossstone.com/bonus a partir de instruções que estão no cd original.
Peças clássicas da moda são frutos de Coco Chanel (www.doqueelasgostam.com.br/artigos_chanelcoco.html) reproduzido do blog
Você sabia que as peças clássicas da moda são frutos de Coco Chanel?
Exato.
Peças que chamamos de curingas são os grandes acertos da Mademoiselle francesa mais chique de todos os tempos. Isso sem falar de outras peças que chamamos de Chanel, como saia Chanel, sapato Chanel, cabelo Chanel. Confira!
Pretinho básico
Chanel desenhou em 1926, para a revista Vogue um croqui de um vestido reto, com uma saia abaixo dos joelhos, confeccionado em jérsei preto e com debrum branco nas mangas. A estilista criou a peça para vestir qualquer mulher, com qualquer corpo, em qualquer ocasião. “Simplicidade é a chave da verdadeira elegância”, declarou a Mademoiselle.
O pretinho foi um produto da necessidade, depois da quebra da bolsa de Nova York, em 1929, as roupas sofisticadas e vistosas eram consideradas de mau gosto e o preto combinava com o espírito predominante.
Audrey Hepburn imortalizou o seu vestido preto e suas pérolas ao redor do pescoço no filme “Bonequinha de Luxo”.
Colar de pérolas
“Toda mulher deveria ter fios e fios de pérolas. Se forem falsas, e daí?”
É impossível não associar Chanel ao seu pescoço fechado por varias voltas de pérolas. O acessório foi adotado pela estilista para descontrair o seu visual, mantendo sempre o estilo informal e superficial, mas sempre chique. E para dar mais efeito e volume, Chanel misturava pérolas originais, presentes de seus amantes com suas próprias imitações de pedras falsas, com diferentes tipos de tonalidades e tamanhos.
Bolsa a tiracolo
A praticidade mais uma vez era essencial para Chanel, que queria liberdade para as mulheres de suas convenções. Pensando assim, ela aumentou as alças da bolsa para que pudesse ser usada nos ombros, deixando as mãos livres. Mas sempre com muito estilo: colocou correntes douradas para decorar as alças. As argolas, permeadas por tecido ou couro, marcaram muitas das suas coleções. O mais tradicional modelo das bolsas é o feito de matelassê, e o fecho com os dois C entrelaçados, o logotipo tão cobiçado da marca da estilista.
Sapato bicolor
O consenso nos desfiles badalados na Maison Chanel, onde as modelos desfilavam as criações de Chanel nos vários estilos de vestidos, calças e trajes, eram os pés. A estilista sempre repetia o mesmo modelo de sapato, sempre em bege, com aberturas nos calcanhares e biqueira preta, que segundo ela, diminuíam o pé. A única variação era trocar o bico preto pelo dourado. O modelo do sapato é reproduzido por todos os estilistas, significando sempre feminilidade e sofisticação.
Perfume Chanel nº 5
O perfume mais famoso e vendido em todos os tempos foi o responsável pela fortuna de Chanel. Foi o primeiro perfume sintético lançado por uma casa de moda e não por um perfumista. Criado em 1921 virou uma verdadeira febre quando Marylin Monroe declarou que vestia apenas uma gota de Chanel nº 5 para dormir. O mais interessante é que o lendário perfume tem seu toque brasileiro, afinal seu principal é o óleo essencial linalol, extraído da madeira pau-rosa, que é uma árvore nativa da Amazônia. O perfumista Ernest Beaux acrescentou ainda 70 fragrâncias para alcançar o que Chanel chamou de “um perfume de mulher com cheiro de mulher”.
Exato.
Peças que chamamos de curingas são os grandes acertos da Mademoiselle francesa mais chique de todos os tempos. Isso sem falar de outras peças que chamamos de Chanel, como saia Chanel, sapato Chanel, cabelo Chanel. Confira!
Pretinho básico
Chanel desenhou em 1926, para a revista Vogue um croqui de um vestido reto, com uma saia abaixo dos joelhos, confeccionado em jérsei preto e com debrum branco nas mangas. A estilista criou a peça para vestir qualquer mulher, com qualquer corpo, em qualquer ocasião. “Simplicidade é a chave da verdadeira elegância”, declarou a Mademoiselle.
O pretinho foi um produto da necessidade, depois da quebra da bolsa de Nova York, em 1929, as roupas sofisticadas e vistosas eram consideradas de mau gosto e o preto combinava com o espírito predominante.
Audrey Hepburn imortalizou o seu vestido preto e suas pérolas ao redor do pescoço no filme “Bonequinha de Luxo”.
Colar de pérolas
“Toda mulher deveria ter fios e fios de pérolas. Se forem falsas, e daí?”
É impossível não associar Chanel ao seu pescoço fechado por varias voltas de pérolas. O acessório foi adotado pela estilista para descontrair o seu visual, mantendo sempre o estilo informal e superficial, mas sempre chique. E para dar mais efeito e volume, Chanel misturava pérolas originais, presentes de seus amantes com suas próprias imitações de pedras falsas, com diferentes tipos de tonalidades e tamanhos.
Bolsa a tiracolo
A praticidade mais uma vez era essencial para Chanel, que queria liberdade para as mulheres de suas convenções. Pensando assim, ela aumentou as alças da bolsa para que pudesse ser usada nos ombros, deixando as mãos livres. Mas sempre com muito estilo: colocou correntes douradas para decorar as alças. As argolas, permeadas por tecido ou couro, marcaram muitas das suas coleções. O mais tradicional modelo das bolsas é o feito de matelassê, e o fecho com os dois C entrelaçados, o logotipo tão cobiçado da marca da estilista.
Sapato bicolor
O consenso nos desfiles badalados na Maison Chanel, onde as modelos desfilavam as criações de Chanel nos vários estilos de vestidos, calças e trajes, eram os pés. A estilista sempre repetia o mesmo modelo de sapato, sempre em bege, com aberturas nos calcanhares e biqueira preta, que segundo ela, diminuíam o pé. A única variação era trocar o bico preto pelo dourado. O modelo do sapato é reproduzido por todos os estilistas, significando sempre feminilidade e sofisticação.
Perfume Chanel nº 5
O perfume mais famoso e vendido em todos os tempos foi o responsável pela fortuna de Chanel. Foi o primeiro perfume sintético lançado por uma casa de moda e não por um perfumista. Criado em 1921 virou uma verdadeira febre quando Marylin Monroe declarou que vestia apenas uma gota de Chanel nº 5 para dormir. O mais interessante é que o lendário perfume tem seu toque brasileiro, afinal seu principal é o óleo essencial linalol, extraído da madeira pau-rosa, que é uma árvore nativa da Amazônia. O perfumista Ernest Beaux acrescentou ainda 70 fragrâncias para alcançar o que Chanel chamou de “um perfume de mulher com cheiro de mulher”.
Estreou dia 30 de outubro, no Brasil, o filme Coco Antes de Chanel
No dia 30 estreia por aqui o filme Coco antes de Chanel, produção que traz para a telona a trajetória da estilista francesa até chegar ao topo do mundo da moda.
A escolhida para dar vida a Chanel no cinema é a charmosa Audrey Tautou, que ficou mais conhecida pelo papel de Amélie Poulain. Dirigido por Anne Fontaine, o filme mobilizou uma super equipe de pesquisadores atrás de referências da época em que Chanel viveu (1883-1971), já que haviam poucos registros fotográficos de sua história.
O objetivo do filme, segundo os produtores, é mostrar os hábitos e as influências de Chanel, que a fizeram entrar no universo da moda e tornar-se um ícone eterno - não à toa, a marca é até hoje uma das mais reconhecidas (e concorridas) em todo o mundo.
A escolhida para dar vida a Chanel no cinema é a charmosa Audrey Tautou, que ficou mais conhecida pelo papel de Amélie Poulain. Dirigido por Anne Fontaine, o filme mobilizou uma super equipe de pesquisadores atrás de referências da época em que Chanel viveu (1883-1971), já que haviam poucos registros fotográficos de sua história.
O objetivo do filme, segundo os produtores, é mostrar os hábitos e as influências de Chanel, que a fizeram entrar no universo da moda e tornar-se um ícone eterno - não à toa, a marca é até hoje uma das mais reconhecidas (e concorridas) em todo o mundo.
História de amor entre Chanel e Stravinsky fecha o Festival de Cannes
História de amor entre Chanel e Stravinsky fecha o Festival de Cannes
"Coco Chanel e Igor Stravinsky" teve sessão especial. Longa mostra "A sagração da primavera" e criação do perfume nº 5
23/05/2009
10:10
G1/Globo.com
Selecionado para o encerramento do festival, no domingo (24), Coco Chanel & Igor Stravinsky foi exibido em uma sessão para a imprensa na manhã de sábado.
Dirigido por Jan Kounen, o filme narra o romance entre a estilista Gabrielle "Coco" Chanel e o compositor russo Igor Stravinsky. Interpretada pela atriz francesa Ana Mouglalis, Coco é apresentada como uma mulher independente, devotada a seu trabalho e a frente do seu tempo. Assim como Stravinsky, vivido pelo dinamarquês Mads Mikkelsen, considerado um dos maiores compositores de vanguarda do início do século XX.
Disputa em Cannes é apertada; drama prisional francês se destaca
Última atuação de Heath Ledger chega às telas em Cannes"É o pior que poderia ter acontecido", diz Paris Hilton após perder celularO longa-metragem abre com uma reconstituição do célebre episódio da estreia do balé A sagração da primavera, no Teatro Champs-Elysées, em 1913. Com música de Stravinsky e coreografia de Nijinsky, a apresentação terminou debaixo de confusão, quando o público, indignado com a quebra de convenções da obra, se pôs a vaiar a orquestra e os bailarinos.
Uma das convidadas naquele dia era justamente Coco Chanel, que se encantou pelo estilo revolucionário de Stravinsky e, anos depois, quando se reencontraram, ofereceu-lhe sua casa de campo na França para que o compositor pudesse trabalhar.
Casado e pai de quatro filhos, Stravinsky aceita a proposta e logo se rende aos encantos de Coco. Dividido entre a família e o caso com a estilista, ele mergulha em uma crise, que o leva ao alcoolismo e ao rompimento com Coco. "Você não é uma artista, é só a dona de uma loja de roupas", rebate o compositor quando Coco tenta comparar sua importância à dele.
Mas a opinião de Kounen - e, por extensão, de Chris Greenhalgh, cujo romance Coco & Igor, publicado em 2002, inspirou o filme - é bem diferente da de Stravinsky, que apesar do vanguardismo musical era apegado a valores mais conservadores.
Para o diretor do longa, não há dúvidas de que as criações de Chanel foram resultado de um trabalho artístico, seja na escolha segura da paleta de cores para as suas roupas - em preto e branco, geralmente - ou mesmo na forma como conduziu a invenção do clássico Chanel nº 5, perfume mais vendido no mundo até hoje.
"Quero um arco-íris, não uma nuvem em torno de mim", sugere a personagem ao químico encarregado de produzir a fragrância. A ideia era que com apenas uma aplicação o perfume permanecesse na pele da mulher por mais tempo, sem que se precisasse passar o dia todo borrifando a essência.
Quando finalmente chegou à versão que mais lhe agradava, Coco "assinou" o perfume com o seu nome - Chanel - e acrescentou o nº 5 em referência à última das cinco amostras finais dentre as quais escolheu.
Ideal para ser apreciado com os cinco sentidos, Coco Chanel & Igor Stravinsky é, finalmente, um espetáculo à parte para os amantes de moda, em geral. À parte uma peça de roupa criada especialmente pelo estilista Karl Lagerfeld, o figurino usado pela atriz Ana Mouglalis foi rigorosamente costurado a partir do guarda-roupas clássico de Coco: blusas, camisas, pantalonas, tricôs, pérolas, botões dourados inspirados no iatismo. Até a camisola usada pela atriz em uma das cenas do longa não faria feio nem no tapete vermelho de Cannes.
"Coco Chanel e Igor Stravinsky" teve sessão especial. Longa mostra "A sagração da primavera" e criação do perfume nº 5
23/05/2009
10:10
G1/Globo.com
Selecionado para o encerramento do festival, no domingo (24), Coco Chanel & Igor Stravinsky foi exibido em uma sessão para a imprensa na manhã de sábado.
Dirigido por Jan Kounen, o filme narra o romance entre a estilista Gabrielle "Coco" Chanel e o compositor russo Igor Stravinsky. Interpretada pela atriz francesa Ana Mouglalis, Coco é apresentada como uma mulher independente, devotada a seu trabalho e a frente do seu tempo. Assim como Stravinsky, vivido pelo dinamarquês Mads Mikkelsen, considerado um dos maiores compositores de vanguarda do início do século XX.
Disputa em Cannes é apertada; drama prisional francês se destaca
Última atuação de Heath Ledger chega às telas em Cannes"É o pior que poderia ter acontecido", diz Paris Hilton após perder celularO longa-metragem abre com uma reconstituição do célebre episódio da estreia do balé A sagração da primavera, no Teatro Champs-Elysées, em 1913. Com música de Stravinsky e coreografia de Nijinsky, a apresentação terminou debaixo de confusão, quando o público, indignado com a quebra de convenções da obra, se pôs a vaiar a orquestra e os bailarinos.
Uma das convidadas naquele dia era justamente Coco Chanel, que se encantou pelo estilo revolucionário de Stravinsky e, anos depois, quando se reencontraram, ofereceu-lhe sua casa de campo na França para que o compositor pudesse trabalhar.
Casado e pai de quatro filhos, Stravinsky aceita a proposta e logo se rende aos encantos de Coco. Dividido entre a família e o caso com a estilista, ele mergulha em uma crise, que o leva ao alcoolismo e ao rompimento com Coco. "Você não é uma artista, é só a dona de uma loja de roupas", rebate o compositor quando Coco tenta comparar sua importância à dele.
Mas a opinião de Kounen - e, por extensão, de Chris Greenhalgh, cujo romance Coco & Igor, publicado em 2002, inspirou o filme - é bem diferente da de Stravinsky, que apesar do vanguardismo musical era apegado a valores mais conservadores.
Para o diretor do longa, não há dúvidas de que as criações de Chanel foram resultado de um trabalho artístico, seja na escolha segura da paleta de cores para as suas roupas - em preto e branco, geralmente - ou mesmo na forma como conduziu a invenção do clássico Chanel nº 5, perfume mais vendido no mundo até hoje.
"Quero um arco-íris, não uma nuvem em torno de mim", sugere a personagem ao químico encarregado de produzir a fragrância. A ideia era que com apenas uma aplicação o perfume permanecesse na pele da mulher por mais tempo, sem que se precisasse passar o dia todo borrifando a essência.
Quando finalmente chegou à versão que mais lhe agradava, Coco "assinou" o perfume com o seu nome - Chanel - e acrescentou o nº 5 em referência à última das cinco amostras finais dentre as quais escolheu.
Ideal para ser apreciado com os cinco sentidos, Coco Chanel & Igor Stravinsky é, finalmente, um espetáculo à parte para os amantes de moda, em geral. À parte uma peça de roupa criada especialmente pelo estilista Karl Lagerfeld, o figurino usado pela atriz Ana Mouglalis foi rigorosamente costurado a partir do guarda-roupas clássico de Coco: blusas, camisas, pantalonas, tricôs, pérolas, botões dourados inspirados no iatismo. Até a camisola usada pela atriz em uma das cenas do longa não faria feio nem no tapete vermelho de Cannes.
Chanel número 5, pra sempre...
Gabrielle Bonheur Chanel, (Saumur, 19 de agosto de 1883 - Paris, 10 de janeiro de 1971), mais conhecida como Coco Chanel, foi uma importante estilista francesa e uma mulher à frente do seu tempo. As suas criações até hoje ditam e influenciam a moda mundial. É a fundadora da empresa de vestuário Chanel S.A.
A família de Gabrielle era muito numerosa: tinha quatro irmãos (dois meninos e duas meninas). O pai, Albert Chanel, era caixeiro-viajante e a mãe, Jeanne Devolle, era doméstica. Depois da morte precoce da mãe, que faleceu de tuberculose, o pai de Chanel ficou com a responsabilidade de tomar conta das crianças. Devido à profissão de seu pai, Coco e as irmãs foram educadas num colégio interno, enquanto que os irmãos foram trabalhar numa quinta.
Em 1903, com vinte anos, Gabrielle saiu do colégio e tentou procurar emprego na área do comércio e da dança (como bailarina) e também fez tentativas no teatro, onde raramente teve grandes papéis devido à sua estatura.
Com vinte e cinco anos, Chanel conheceu um rico comerciante de tecidos, chamado Etienne Balsan, com quem passou a viver.
Por volta de 1910, na capital parisiense, Coco conheçeu o grande amor da sua vida: um milionário inglês Arthur Boyle. Boyle ajudou-a a abrir a sua primeira loja de chapéus. A loja Chanel iria tornar-se num sucesso e apareceria nas revistas de moda mais famosas de Paris. Com este relacionamento, Chanel aprendeu a frequentar o meio sofisticado da Cidade Luz.
Algum tempo depois, Boyle acabou a relação com Gabrielle para se casar com uma inglesa e meses mais tarde morreu num desastre de carro.
Com este desgosto, Chanel abriu a primeira casa de costura, comercializando também chapéus. Nessa mesma casa, começou a vender roupas desportivas para ir à praia e para montar a cavalo. Pioneira, também inventou as primeiras calças femininas.
No início dos anos 20, Chanel conheceu e apaixonou-se por um príncipe russo pobre, Dmitri Pavlovich, que tinha fugido com a sua família da Rússia, então União Soviética. A sua relação com Paulovitch a fez desenhar roupas com bordados do folclore russo e, para isso, contratou 20 bordadeiras. Neste período, Chanel conheceu muitos artistas importantes, tais como Pablo Picasso, Luchino Visconti e Greta Garbo.
Sua roupas vestiram as grandes atrizes de Hollywood, e seu estilo ditava moda em todo o mundo. Além de confecções próprias, desenvolveu perfumes com sua marca. Os seus tailleurs são referência até hoje.
Em 1921, criou o perfume que a iria converter numa grande celebridade por todo mundo, o nº5. O nome referia-se ao seu algarismo da sorte. Depois deste perfume, veio o nº17, mas este não teve o mesmo êxito que o nº5.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Chanel fechou a casa e envolveu-se romanticamente com um oficial alemão. Reabriu-a em 1954.
No final da guerra, os franceses conceituaram este romance mal e deixaram de frequentar a sua casa. Nesta década, Chanel teve portanto dificuldades financeiras. Para manter a casa aberta, Chanel começou a vender suas roupas para o outro lado do Atlântico, passando a residir na Suíça.
Devido à morte do ex-presidente norte-americano John Kennedy e à admiração da ex-primeira-dama Jackie Kennedy por Chanel, ela começou a aparecer nas revistas de moda com a criação dos seus tailleurs (casacos, fato e sapatos). Depois voltou a residir na França.
Faleceu no Hôtel Ritz Paris em 1971, onde viveu por anos. O seu funeral foi assistido por centenas de pessoas que levaram as suas roupas em sinal de homenagem.
Coco antes de Chanel
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Coco antes de Chanel
Uma garotinha é deixada junto com a irmã num orfanato no coração da França, e todos os domingos ela espera, em vão, que o pai volte para buscá-la… Uma artista de cabaré com voz fraca que canta para uma plateia de soldados bêbados… Uma humilde costureira que conserta bainhas nos fundos de uma alfaiataria de cidade pequena… Uma cortesã jovem e magricela, a quem seu protetor, Etienne Balsan, oferece um refúgio seguro, em meio a um ambiente de decadência… Uma mulher apaixonada que sabe que nunca será a esposa de ninguém, recusando-se a casar até mesmo com Boy Capel, o homem que retribuiu seu amor… Uma rebelde que considera as convenções de sua época opressoras e prefere usar as roupas dos homens com quem se envolve… Esta é a história de Gabrielle “Coco” Chanel, que começa a vida como uma órfã teimosa, e, ao longo de uma jornada extraordinária, se torna a lendária estilista de alta-costura que personificou a mulher moderna e se tornou um símbolo atemporal de sucesso, liberdade e estilo.
Durante sua infância, Gabrielle Chanel leva uma vida pobre e difícil. Logo cedo, sua mãe morre vítima de tuberculose e a garota é deixada em um orfanato, com a promessa nunca cumprida do pai, um caixeiro viajante, de que um dia voltará para buscá-la. Sem expectativas, a jovem Gabrielle tenta sem sucesso seguir carreira de cantora de cabaret e, em seguida, como costureira, descobre sua vocação. Quando conhece o rico comerciante de tecidos Etienne Balsan, ela passa a mostrar seu talento.
Fora de qualquer padrão da sociedade, e com uma personalidade forte o suficiente para não se deixar intimidar pelas críticas, a jovem pega roupas de Balsan e as adapta para seu corpo. Conhecida nas alfaiatarias como Coco, por uma música que costumava cantar, Gabrielle surpreende o mundo da moda com trajes femininos modernos, inspirados nas roupas masculinas, sendo a primeira a criar calças compridas para mulheres e a inventar o tailleur. Depois de conhecer o milionário Arthur Capel, a pobre menina do interior da França abre sua grife Chanel e se torna uma das mulheres mais poderosas do mundo.
Dirigido pela também francesa Anne Fontaine, de A Garota de Mônaco, o filme Coco Antes de Chanel desagradou especialistas do mundo da moda por se focar mais nos romances da personagem - que sempre se disse contra romances - do que em sua vida profissional. O longa é protagonizado pela atriz Andrey Tatou, de O Fabuloso Destino de Amelie Poulain, e é adaptado do livro de Edmonde Charles-Roux. Também em 2009, a personagem ganhou o filme Coco Chanel e Igor Stravinsky, sobre o romance entre a estilista e o compositor russo, ainda sem previsão de estreia no Brasil.
INFORMAÇÕES
Diretor: Anne Fontaine
Elenco: Audrey Tautou, Benoît Poelvoorde, Alessandro Nivola
Nome Original: Coco avant Chanel
Ano: 2009
País: FRA
Duração: 105 minutos
Durante sua infância, Gabrielle Chanel leva uma vida pobre e difícil. Logo cedo, sua mãe morre vítima de tuberculose e a garota é deixada em um orfanato, com a promessa nunca cumprida do pai, um caixeiro viajante, de que um dia voltará para buscá-la. Sem expectativas, a jovem Gabrielle tenta sem sucesso seguir carreira de cantora de cabaret e, em seguida, como costureira, descobre sua vocação. Quando conhece o rico comerciante de tecidos Etienne Balsan, ela passa a mostrar seu talento.
Fora de qualquer padrão da sociedade, e com uma personalidade forte o suficiente para não se deixar intimidar pelas críticas, a jovem pega roupas de Balsan e as adapta para seu corpo. Conhecida nas alfaiatarias como Coco, por uma música que costumava cantar, Gabrielle surpreende o mundo da moda com trajes femininos modernos, inspirados nas roupas masculinas, sendo a primeira a criar calças compridas para mulheres e a inventar o tailleur. Depois de conhecer o milionário Arthur Capel, a pobre menina do interior da França abre sua grife Chanel e se torna uma das mulheres mais poderosas do mundo.
Dirigido pela também francesa Anne Fontaine, de A Garota de Mônaco, o filme Coco Antes de Chanel desagradou especialistas do mundo da moda por se focar mais nos romances da personagem - que sempre se disse contra romances - do que em sua vida profissional. O longa é protagonizado pela atriz Andrey Tatou, de O Fabuloso Destino de Amelie Poulain, e é adaptado do livro de Edmonde Charles-Roux. Também em 2009, a personagem ganhou o filme Coco Chanel e Igor Stravinsky, sobre o romance entre a estilista e o compositor russo, ainda sem previsão de estreia no Brasil.
INFORMAÇÕES
Diretor: Anne Fontaine
Elenco: Audrey Tautou, Benoît Poelvoorde, Alessandro Nivola
Nome Original: Coco avant Chanel
Ano: 2009
País: FRA
Duração: 105 minutos
Aparecida Torneros
Falem-me de amor... e me compensem o avesso da sorte!
Falem-me de amor... e me compensem o avesso da sorte! (texto de 29 de junho de 2010)
Fui sorteada ao avesso, em pleno sábado, dois assaltos em menos de quatro horas de intervalo.
O primeiro, no caixa eletrônico, de manhã, dois homens bem apessoados levaram-me dinheiro e eu chamei a polícia. Escafederam-se, não me apontaram arma, até um deles me pediu desculpas, mas fiquei sem entender direito sua atitude, chamei-o de "abusado".
Depois, na delegacia, o sub-delegado me disse que eu correra risco de ser nocauteada, sei lá, coisa que o valha. Fiquei brava, com raiva, impotente e nem consegui chorar. No caminho de casa, a pé, usei o celular e eis que um pivete veio correndo, me tomou o dito cujo da mão e saiu correndo. Eu, ora, gritei, tudo que podia, soltei o verbo, impropérios, um homem tentou pegá-lo mas ele era como um maratonista ziguezagueando na contramão do trânsito, pouco mais de meio-dia, sumindo pela rua, como um bólido. Levou com ele minha agenda, para mim, tão preciosa. A companhia telefônica não a resgatou pois eu, inadivertidamente, a salvara no aparelho e não no chip, talvez não seja essa a explicação técnica correta, parece que eu teria que ter um contrato para resgate de agenda em caso de perda ou roubo, mas eu desconhecia isso.
Então, abalada, mas inteira, no final da tarde de suposto "azar", fui ao salão de cabeleireiro e me produzi para ir ao teatro municipal e assistir a partir das oito da noite, a ópera "O Guarani".
Durante algumas horas, voei na música, na história e na intensidade de sentimentos que se misturavam desde o palco até meu assento no balcão superior, de onde eu observava o quanto é compensador ouvir falar de amor.
Uma aura de encanto tomou conta do meu momento. Nem era mais importante lembrar a violência, eu estava ali, tinha a sorte verdadeira de assistir ao espetáculo. A orquestra perfeita, os arranjos maravilhosos, o coro me embalando a um céu de paz, de bons fluidos. Os larápios, pensei de repente, não tinham aquela felicidade a que eu podia ter acesso, quem seriam eles, onde estariam àquelas horas, enquanto desfrutavam do "meu" dinheirinho ou do meu ex-aparelho celular?
Mundo estranho, paradoxal. O pior roubo, pensei, seria se me privassem de ouvir canções e palavras de amor. Em situação semelhante, eu estaria mesmo "roubada", pois o amor é o ar que preciso respirar, quando ele me chega pelas notas musicais, pelas vozes cadenciadas, por olhares sensíveis, ouvidos atentos, enlevos sonoros, sons de fagotes, oboés, harpas, violinos, instrumentos de sopro, maviosos cantos de tenores, contraltos, baixos, enternecedores diálogos musicais que expressam a alma humana em sua pura existência, na plenitude de doar-se a quem ama sem roubar-lhe a sede de viver, oferecendo-lhe oxigênio em forma de carinho, dedicação, fidelidade e aconchego.
Passados poucos dias, vou me reorganizando, comprei novo aparelho, refaço a agenda, refaço contas para superar o dinheiro perdido, agradeço as oportunidades que a vida me dá para refletir suas paradoxais intempéries, sigo e supero.
Ouço então a voz doce da grega Nana Mouskouri, na calada da madrugada, sozinha, e consigo pela primeira vez, desde aquele sábado, verter uma lágrima, emociono-me. Eu não tinha conseguido chorar, em face das investidas dos ladrões, tinha sentido muita impotência, mas, durante o espetáculo clássico, somente me arrepiei sem extravazar a confusão de sentimentos represados que acumulei naquele dia.
Mais dois dias e nada. Só a sensação de fazer parte de um mundo moderno e louco, de uma sociedade imperfeita, de uma cadeia de omissões sociais, de uma humanidade capaz de auto-agredir-se, de violentar-se, de ludibriar-se, de mentir, de usurpar seu semelhante, mas, claro, não é a totalidade da espécie, é parcela dela, é um lado da transgressão, uma fatia do bolo social, talvez a banda podre do inconsequente descaso com que certa camada ou classe tenha sido tratada.
E o amor? Acho que o ladrão que me pediu desculpas, mesmo me roubando, tinha um ínfimo arremedo dele, ao me observar possessa, reclamante, ameaçando chamar a polícia,certamente, transtornada e doida, pois ele e seu comparsa podiam ter me derrubado fisicamente, mas não o fizeram. Fugiram, deixaram-me sem o dinheiro, mas com a cabeça intocada, o corpo tremendo, mas de pé, o olhar perplexo, mas aguçado em direção ao que veria mais tarde.
Um teatro lindo restaurado, um conjunto de atitudes que são fruto do amor à arte, à cultura, ao estudo da música, vidas inteiras de pessoas que ali sintonizavam a meiguice e a fortaleza que só uma ópera é capaz de despertar em seus altos e baixos, seus volteios e ápices, a viagem dos sonhos, o esquecimento das vicissitudes do mundo lá fora.
O amor, falem-me dele, por favor. Falem-me sempre. Repitam que o amor é a compensação do avesso da sorte. Deixei que desfilassem no meu pensamento, durante a ópera, imagens de carinho, afeto, familiares, amigos, amores que se foram, amores que sobrevivem, amores que virão. Agora, consigo verbalizar os acontecimentos, com a devida isenção me permitindo superar medos, minimizar ódios, buscar perdões interiores, agradecer chances e amar o amor, o mesmo amor que tanto inebria como atormenta, que acrescenta horizontes, que se bifurca em encruzilhadas escuras, mas que sabe encontrar caminhos de luz, nas horas certas, quando alguém se apaixona, perdidamente, ou renuncia ao amor, ou o persegue, ou dele foge, ou por ele morre, ou para ele vive, além da própria morte.
Se me vierem falar de algo concreto, como o episódio violento de um assalto na grande cidade, por favor, compensem-me repetidamente, contando histórias de amores inesquecíveis, amantes capazes de se entregarem aos prazeres, enamorados sonhadores, criaturas que esperam por toda a vida por um par que os compreendam, os acompanhem, lhes segurem as mãos, caminhem ao seu lado, por décadas, embevecendo suas almas, desafligindo, sobretudo, seus corações. Sem entretanto, roubarem tampouco sua esperança por momentos felizes ou sequer a crença na bondade humana que ainda é possível, se o amor também o for.
Maria Cida Torneros
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quinta-feira, 6 de outubro de 2011
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
No dia dos Amantes...algumas reflexões...
Era quase meio dia e a taxista jovem (cerca de 30 anos) veio me pegar. Eu tinha que ir à dentista, uma jovem senhora que por acaso é minha prima e que me cuida há décadas... A motorista foi puxando conversa, quando vi, ou melhor, quando ouvi, ela estava me contando que tem um segundo marido e um filhinho do primeiro casamento.
De repente, me confidenciou que o segundo é bem melhor que o primeiro, mas como todos os homens, tem defeitos...ela emendou, e declarou...- "fomos amantes, primeiro, ele era casado e eu também...resolvemos nos separar dos nossos ex e estamos morando juntos há um ano"...
Pensei e falei: então, estão em lua de mel ainda! Ela riu, enquanto me conduzia por um trânsito pachorrento digno de uma quinta-feira nublada que devia anunciar a primavera...mas se mostrou friorenta e pálida.
A linda e falante condutora considerou que na fase de "amantes", tudo parecia melhor, que ela julgava o atual companheiro antes, se mostrou como um ser independente.
-E agora? perguntei...sua resposta veio direta, firme, contundente e conclusiva...- "Agora, ele virou meu filho...Cuido dele!"
Chegamos ao destino, paguei a corrida, desejei-lhe felicidades, fui para a minha consulta, porém ficou guardada em mim a sensação incômoda de que o Amor dos Amantes pode ser bem mais uma idealização do que uma realidade... deixei pra lá e segui meu dia...
Agora, quando a noite começa a cair, descubro que hoje se comemora o dia dos Amantes...ri, sozinha, por não ter percebido antes o que talvez aquela moça já soubesse, e não me contou sobre a data, o que poderia justificar sobre a necessidade de contar sua tragetória de intimidade afetiva, sua busca por um amor de homem que não virasse mais um bebê dependente, como ela descreveu.
Claro, estou a rememorar os amores de amantes apaixonados, célebres, históricos, na literatura, na música, no cinema. Tento enquadrá-los na vida comum da gente que é assim, simples, direta, resolvida, que sai por aí à espera de encontrar o tal "love" da imaginação cultural, do sonho cinematográfico, da realização além da imaginação.
Vou desfiando histórias minhas próprias, em que sempre identifiquei um ponto de mutação, aquele pontinho nefasto, exatamente o instante em que se olha para o outro ser e se consegue ver que ele não é exatamente como se espera ou se deseja ou se idealiza que seja...
Lembrei que nessas horas, nós , as mulheres, temos bastante jogo de cintura, e nos defendemos, ou, mentindo pra nós mesmas e tentando mais um tempo, num processo de "vamos ver se ele melhora", ou de "quem sabe, ele amadurece e muda".
Identifiquei situações onde eles se fragilizam e se curvam, edipianamente, a uma condição fatal de meninos grandes buscando o colo das mães com quem podem dormir e dividir a cama, sem censura. Pensei que esse acordo tácito ou implícito é o mote constante de milhões de casais do mundo, que convivem ou conviveram driblando suas relações nos seus nevrálgicos altos e baixos, superando crises, num bate e volta, casa-separa, briga e reconcilia, que a muitos, faz bem, a outros, desgasta, e aos que refletem demais, se arriscam a "melar" a relação...
Quando se pensa demais em coisas tão sentimentais, é como temperar com sal e pimenta o que deveria ter sabor doce e delicado.
Quando se ama, deve-se sentir, sentir e sentir... sei que isso não é uma lei, mas deveria...a cada reflexão racionalista e cartesiana, o amor balança nas considerações materialistas, o amor se espreme nas alucinadas instâncias do poder, o amor se perde nos conceitos de estatus social ou de nível de escolaridade, e os amantes se tornam pensantes.
Os grandes e melhores amantes podem parecer aqueles que transgridem, os que enlouquecem, os que põem a lucidez de lado e se jogam de corpos e almas no sentimento apaixonado e irrefreável.
Os amantes eternos morrem de vez em quando. Mas também renascem nos sonhos de muitos outros novos amantes.
Os felizes amantes não se importam com estigmas de se parecerem "filhos", bebês, de se chamarem por apelidos escolhidos na doidice que lhes permite sair do dia-a-dia e brincar de amar.
Apenas, refleti um pouquinho sobre o tal dia dos amantes, que pode ser o dia de pessoas que conservam o dom de oferecer o coração a quem lhes dá em troca, tanto faz, pode ser o coração também, além do corpo...ora, se pode!
Cida Torneros
De repente, me confidenciou que o segundo é bem melhor que o primeiro, mas como todos os homens, tem defeitos...ela emendou, e declarou...- "fomos amantes, primeiro, ele era casado e eu também...resolvemos nos separar dos nossos ex e estamos morando juntos há um ano"...
Pensei e falei: então, estão em lua de mel ainda! Ela riu, enquanto me conduzia por um trânsito pachorrento digno de uma quinta-feira nublada que devia anunciar a primavera...mas se mostrou friorenta e pálida.
A linda e falante condutora considerou que na fase de "amantes", tudo parecia melhor, que ela julgava o atual companheiro antes, se mostrou como um ser independente.
-E agora? perguntei...sua resposta veio direta, firme, contundente e conclusiva...- "Agora, ele virou meu filho...Cuido dele!"
Chegamos ao destino, paguei a corrida, desejei-lhe felicidades, fui para a minha consulta, porém ficou guardada em mim a sensação incômoda de que o Amor dos Amantes pode ser bem mais uma idealização do que uma realidade... deixei pra lá e segui meu dia...
Agora, quando a noite começa a cair, descubro que hoje se comemora o dia dos Amantes...ri, sozinha, por não ter percebido antes o que talvez aquela moça já soubesse, e não me contou sobre a data, o que poderia justificar sobre a necessidade de contar sua tragetória de intimidade afetiva, sua busca por um amor de homem que não virasse mais um bebê dependente, como ela descreveu.
Claro, estou a rememorar os amores de amantes apaixonados, célebres, históricos, na literatura, na música, no cinema. Tento enquadrá-los na vida comum da gente que é assim, simples, direta, resolvida, que sai por aí à espera de encontrar o tal "love" da imaginação cultural, do sonho cinematográfico, da realização além da imaginação.
Vou desfiando histórias minhas próprias, em que sempre identifiquei um ponto de mutação, aquele pontinho nefasto, exatamente o instante em que se olha para o outro ser e se consegue ver que ele não é exatamente como se espera ou se deseja ou se idealiza que seja...
Lembrei que nessas horas, nós , as mulheres, temos bastante jogo de cintura, e nos defendemos, ou, mentindo pra nós mesmas e tentando mais um tempo, num processo de "vamos ver se ele melhora", ou de "quem sabe, ele amadurece e muda".
Identifiquei situações onde eles se fragilizam e se curvam, edipianamente, a uma condição fatal de meninos grandes buscando o colo das mães com quem podem dormir e dividir a cama, sem censura. Pensei que esse acordo tácito ou implícito é o mote constante de milhões de casais do mundo, que convivem ou conviveram driblando suas relações nos seus nevrálgicos altos e baixos, superando crises, num bate e volta, casa-separa, briga e reconcilia, que a muitos, faz bem, a outros, desgasta, e aos que refletem demais, se arriscam a "melar" a relação...
Quando se pensa demais em coisas tão sentimentais, é como temperar com sal e pimenta o que deveria ter sabor doce e delicado.
Quando se ama, deve-se sentir, sentir e sentir... sei que isso não é uma lei, mas deveria...a cada reflexão racionalista e cartesiana, o amor balança nas considerações materialistas, o amor se espreme nas alucinadas instâncias do poder, o amor se perde nos conceitos de estatus social ou de nível de escolaridade, e os amantes se tornam pensantes.
Os grandes e melhores amantes podem parecer aqueles que transgridem, os que enlouquecem, os que põem a lucidez de lado e se jogam de corpos e almas no sentimento apaixonado e irrefreável.
Os amantes eternos morrem de vez em quando. Mas também renascem nos sonhos de muitos outros novos amantes.
Os felizes amantes não se importam com estigmas de se parecerem "filhos", bebês, de se chamarem por apelidos escolhidos na doidice que lhes permite sair do dia-a-dia e brincar de amar.
Apenas, refleti um pouquinho sobre o tal dia dos amantes, que pode ser o dia de pessoas que conservam o dom de oferecer o coração a quem lhes dá em troca, tanto faz, pode ser o coração também, além do corpo...ora, se pode!
Cida Torneros
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Veneza nos espera...em 2012 (escrevi em maio, Enzo, bem antes de te conocere e de tu invitacion!)
Há séculos, Veneza sobrevive, com símbolos que remetem a amores eternos e passionais como o de Romeu e Julieta. Através das suas histórias de carnavais mascarados, de intenso mercantilismo e trocas de produtos medievais, deixando-se levar pelo vagaroso traçado de gôndolas por entre seus canais, Veneza ultrapassa festivais de cinema, reorganiza mentalidades, cristaliza sonhos de paixões avassaladoras, cenas de lua de mel, magias de casais que a ela recorrem com esperanças de momentos inesquecíveis.
Considerada a cidade mais romântica do mundo, é cenário de turismo afetivamente compartilhado por pessoas de todos os lugares do planeta, que sonham pelo menos ir a Veneza, um dia durante toda a vida.
Ela nos espera, pacientemente, afundada, dizem os experts, em problemas ambientais graves, mas com seus ares de soberba inconsequencia para estudiosos do seu planejamento urbano inconcebível para os séculos XX e XXI.
Mesmo assim, Veneza não perdeu o glamour. Com certeza, eu a incluirei numa próxima viagem a Europa, esperando encontrar alguém especial que a valorize como eu. Um mago da idade Média estará,por essas horas a movimentar seus pendores extra-sensoriais e decerto premedita os instantes em que a Veneza lendária se livrará do estigma de ter sobrevivido sem nós, por tantos séculos.
A cidade viverá então um renascer de possibilidades, já que abriga saudosas lembranças, e há, no seu entorno, a mescla possível quando se mistura realidade e fantasia, nossa presença encherá de alegria a tal Veneza que parece triste.
Assim foi cantada tantas vezes, por Charles Aznavour, quando alguém volta a ela, solitário e nostálgico. “Venezia sin ti ” é o titulo da famosa canção em espanhol, apontando para o fato de que estar naquela cidade italiana recordando alguém, deve ser mesmo uma tortura emocional, uma prova de fogo ou a suprema sensação do abandono.
Chegar a Veneza como a personagem Rosalba, do filme Pão e Tulipas, fugindo da vida cansativa de dona de casa incompreendida pela família, e extasiar-se com a manhã na Praça s. Marco, traduz o encantamento que a cidade tão antiga e tão misteriosa nos oferece.
Entretanto, a Veneza inconfundível pela alegria do seu carnaval que, a nu, é mesmo tão vestido quanto se oculta em castelos de velas mágicas, e age, no amor, sob o feitiço de máscaras de renda e plumas, com tantas inquietações, esta é infestada de expectativas.
Suas construções nos indagam, posso ouvir : – como Veneza sobrevive ainda, sem eu e sem ti?
Logo estaremos juntos, ali, para proclamar a emoção dos que transformam sonhos em realidade, assim como eu e como tu, cavaleiro solitário que me fará a corte, cópia fiel dos velhos tempos. Eu e tu, em Veneza, finalmente, juntos.
Cida Torneros
Cida Torneros
domingo, 2 de outubro de 2011
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terça-feira, 23 de agosto de 2011
O século da mulher
- Terça-feira, 23 Agosto 2011 / 9:37
O século da mulher
Nizan Guanaes*Na noite do dia 13 de setembro, em Nova York, Tina Brown, uma das maiores jornalistas dos Estados Unidos, lança sua Women in the World Foundation. A Fundação Mulheres no Mundo visa mobilizar o mundo em torno dos problemas das mulheres e mobilizar as mulheres em torno dos problemas do mundo.
O que não falta no mundo de hoje são problemas enormes, e em muitos deles a mulher é o caminho mais curto e eficiente para resolvê-los. Como resolver o problema das drogas, da obesidade infantil, da Aids ou da gravidez precoce sem engajar a mulher?
Como expandir o microcrédito ou cobrar a melhora da qualidade de ensino sem o apoio da mãe de família? Como controlar a natalidade, questão fundamental num mundo sufocado, sem envolver a mulher? Dos dez maiores problemas da atualidade, na maioria deles a mulher é a solução. É a mulher quem organiza o lar, a família. Promover o desenvolvimento educacional e social da mulher é injetar desenvolvimento e prosperidade na veia.
Como filho, como marido, como padrasto e como amigo de grandes mulheres, abraço essa causa com absoluta convicção. O desenvolvimento das mulheres no mundo inteiro é o caminho mais rápido para o desenvolvimento do mundo. E a situação da mulher no mundo ainda é de absoluto desrespeito. Tratadas como bichos e escravas, trancadas em quartos e debaixo de burcas, exploradas sexual e economicamente, humilhadas e reduzidas, as mulheres no mundo estão longe das esplendorosas e emancipadas mulheres do cinema, das novelas ou das revistas de moda.
Flagro-me, às vezes, em piadas sexistas que são fruto de 53 anos e da sociedade onde nasci e cresci. E aquele pequeno Carlos Imperial que há dentro da minha idade só não se desenvolve porque, ao primeiro ato falho, ele apanha da Donata. É munido dessa consciência, desse mea-culpa, e dessa imensa fé no potencial transformador da mulher que me engajo na Women in the World Foundation.
Minha mãe, hoje com mais de 80 anos, se formou em engenharia civil em 1957, na Bahia. Foi uma visionária. E seus olhos visionários se tornaram meus.
Mesmo tendo ela nascido no Pelourinho, esses olhos sempre foram globais… E me ensinaram a não ter medo do mundo. Militante de esquerda, minha mãe me ensinou a compreender mais amplamente a história longe do sistema de castas da sociedade aristocrática da Bahia do meu tempo. Ela foi a primeira pessoa a me falar sobre o futuro da China (isso na década de 1970) ou sobre o Peter Drucker, o guru da gestão.
Hoje, ela enfrenta a grande noite do Alzheimer. Mas, se ela já esqueceu de tudo o que ela foi, nunca esquecerei o que ela representa. E, através de mim e de meus filhos, ela deixa sua marca no tempo. Sou eu quem escreve este texto, mas a caligrafia é dela. É por isso que acredito que, cuidando de cada mulher, escrevemos e reescrevemos milhões e milhões de histórias. Mas, para fazermos isso, é preciso mudar o padrão mental de nossa sociedade.
Independentemente da política partidária (virei ateu nessa área), o Brasil já deu um grande passo na política de gêneros ao eleger uma mulher presidente.
E acertarão a publicidade e as marcas que tiverem um entendimento claro da mulher, de seu novo papel e de seu imenso potencial. Dona Maria, a Malu Mulher da base da pirâmide, não quer só os produtos da cesta básica. Dona Maria quer beijar, quer ser jovem, quer unha bonita e o cabelo da Gisele.
E a filha da dona Maria quer falar inglês, trabalhar na Vale ou na Petrobras, ser transferida para uma subsidiária da companhia no exterior e trabalhar num projeto social da empresa para que outros filhos de dona Maria tenham a mesma chance que ela. Entender os anseios da cidadã, da mulher, da mãe, são desafios dos homens públicos, dos empresários, dos homens de marketing e de todos nós, homens em geral.
Tenho certeza absoluta de que, se algo pode mudar radicalmente o mundo e transformá-lo em um lugar mais justo e melhor de viver, esse algo é a mulher.
*Nizan Guanaes é publicitário e escreve na ‘Folha’.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
domingo, 21 de agosto de 2011
sábado, 20 de agosto de 2011
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